Andrés Medina, Unsplash

Fatos rápidos: O Bioma Amazônia

Um resumo de um dos ecossistemas mais críticos do nosso planeta

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O Bioma Amazônia é uma das grandes maravilhas naturais do mundo. Ele se estende por todo o norte do Brasil e em outros oito países, incluindo Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela e as Guianas. Com mais de 6 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, mais do que o dobro do tamanho das duas maiores florestas tropicais, as da Bacia do Congo e da Indonésia.

O rio Amazonas corre da Cordilheira dos Andes até o Oceano Atlântico e tem mais de 1.100 afluentes, 17 deles com mais de 1.600 quilômetros. Toneladas de sedimentos suspensos formam ilhas ao longo de toda a extensão desses rios, e o próprio Amazonas deposita tanto sedimento em sua foz que a ilha brasileira de Marajó é do tamanho da Suíça. Durante a estação das cheias, até 18 bilhões de metros cúbicos de água doce são bombeados para o Atlântico diariamente. 

Nenhum outro ecossistema na terra pode declarar maior diversidade do que o Bioma Amazônia, com 10% a 30% das espécies conhecidas no mundo encontradas lá. Os cientistas identificaram cerca de 40.000 diferentes espécies de plantas e 16.000 espécies de árvores, muitas delas valiosas fontes de alimento. Embora a maior parte do bioma seja selva tropical, ele também contém savanas e pântanos naturais.

Uma vasta e surpreendente variedade de vida silvestre vive na floresta amazônica, somando cerca de 2.000 espécies diferentes de mamíferos, répteis e anfíbios. Muitos deles – do boto cor-de-rosa ao macaco barrigudo (grey woolly monkey), e o pássaro rabo-de-arame (wire-tailed manakin) – são encontrados apenas nesse habitat, e vários estão em perigo de extinção. As extensas copas das árvores do bioma também abrigam cerca de 1.300 espécies de aves e seus rios sinuosos 3.000 espécies de peixes de água doce.

Julio Pantoja, World Bank
Julio Pantoja, World Bank

Muitas pessoas também vivem no Bioma Amazônia. De acordo com um estudo recente, cerca de 1,7 milhão de pessoas pertencentes a cerca de 375 grupos indígenas vivem em cerca de 3.344 territórios indígenas (TIs) e cerca de 522 áreas naturais protegidas (ANPs), abrangendo todos os oito países e o departamento ultramarino da Guiana Francesa. Seringueiros, ribeirinhos e comunidades quilombolas (afrodescendentes) também vivem na floresta e, com os povos indígenas, têm se organizado e lutado para preservar e demarcar grandes extensões de terra da Amazônia como territórios indígenas protegidos e reservas extrativistas. Atualmente, apenas os territórios indígenas cobrem quase um terço da área territorial da região e, com as ANPs, protegem mais da metade da floresta amazônica.  

Mas, pelo menos desde os anos 70, a floresta amazônica está sob ataque. No Brasil, quase um quinto da floresta foi destruída, com 11.000 quilômetros quadrados de perda florestal somente em 2020. Entre 70% a 80% da terra convertida é usada para pecuária e outras áreas são destinadas à produção de soja. O Peru perdeu quase 3,4 milhões de hectares de cobertura florestal para a agricultura de pequena escala e outras atividades entre 2001 e 2020. Enquanto isso, a Colômbia está perdendo 200.000 hectares de floresta anualmente para a agricultura. Projetos de mineração, represas e infraestrutura rodoviária também desempenham um papel na devastação ambiental.

Como algumas áreas da Amazônia estão vendo agora uma diminuição das chuvas de até 48%os incêndios causados principalmente pela agricultura de corte e queima estão em ascensão, a estação seca se expandiu nos últimos 50 anos de quatro meses para quase cinco, e três secas severas afetaram a região desde 2005.

Ulrike Langner, Unsplash
Ulrike Langner, Unsplash

Essa destruição tem um impacto não apenas nas chuvas da Bacia Amazônica – que se acredita contribuir para a geração de 70% do PIB da América do Sul – mas também no armazenamento de carbono. Um estudo de 2007 estimou que o carbono total retido na biomassa florestal na Bacia Amazônica foi de 86 bilhões de toneladas.

No entanto, estudos mais recentes revelaram que, devido ao desmatamento e ao fogo, a floresta tropical emitiu mais carbono (16,6 bilhões de toneladas) do que absorveu (13,9 bilhões de toneladas) durante os últimos 10 anos.

Ambientalistas de todo o mundo concordam que direitos de terra mais seguros para os povos indígenas e comunidades locais (PICLs) e melhor proteção contra a grilagem de terras são urgentemente necessários para conter essa cascata de eventos terríveis. Como um estudo mencionado anteriormente indica, “um crescent conjunto de evidências acumuladas ao longo da última década sugere que os PICLs desempenham um papel mensurável e significativo na manutenção das florestas intactas, reduzindo assim as emissões de carbono florestal e mitigando as mudanças climáticas.” Seus esforços de conservação tendem a ser “mais eficazes e menos caros do que as alternativas convencionais patrocinadas pelo governo,” afirma o estudo, enquanto um relatório de 2016 observa que as taxas de desmatamento em territórios indígenas legalmente reconhecidos são duas ou três vezes menores do que em áreas semelhantes não registradas para os povos indígenas.

Além de aumentar a biodiversidade e controlar a erosão e as inundações, o relatório prossegue afirmando que a segurança das terras indígenas na Bolívia, Brasil, e Colômbia evitaria até 59,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 20 anos, o que equivale a tirar de circulação até 12 milhões de carros por ano.

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